Vamos continuar com o nosso blog!

Pois é:

"A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?"

Perguntamos com o mestre Drummond: E agora, o que fazer com este blog depois do casamento passado, abençoado, lavrado em cartório e totalmente consumado?

Resolvemos continuar aproveitando o espaço para partilhar com os amigos, que testemunharam e celebraram a nossa tão inesperada união, as andanças desta vida de casados...
Serão alegrias, inquietações, felicidades, angústias, momentos de paz, lamúrias... enfim: pequenas expressões do cotidiano de um casal apaixonado...

Filhas de chocadeira



(Por Mariana Nascimento)

O período da gravidez tem sido bastante importante para que eu revesse alguns mitos que envolvem a "magia" dessa época.

Nunca, em toda a minha vida, eu poderia sequer imaginar que todos os discursos envolvendo preferência para as grávidas fossem falaciosos!

Pois é, pasmem!

E, meninas, preparem-se para a batalha! A verdade é que, na prática, não há quase nenhuma preferência para grávidas em filas, ônibus, banheiro - NADA! E o que mais me impressiona é que as pessoas menos gentis com as grávidas são justamente as MULHERES!!!

Um pouco antes de engravidar presenciei um episódio numa fila de banheiro que achei extremamente absurdo (mal sabia eu que aquilo é totalemente comum no dia-a-dia das gestantes...). Uma moça grávida tentava pedir para passar a frente das outras mulheres na fila quando uma senhora (que disse ter 3 filhos!!) não só duvidou que ela estivesse grávida (o argumento era: o que uma grávida estaria fazendo na rua em pleno carnaval - deveríamos ficar de quarentena pra não contaminar ninguém...), como insistiu que, mesmo se fosse o caso, não havia nenhum motivo para a grávida passar a frente de ninguém.

Quem já esteve grávida sabe o quanto a questão urinária é problemática (eu, por exemplo, me mijo com uma certa frequencia desde os 3 meses de gestação...), e quem pretende um dia estar não precisa se esforçar muito para se imaginar no lugar da outra. Mas, infelizmente, o que rege a mentalidade feminina é um completo descaso pelo estado delicado das outras mulheres, como se dissesem: "Já que não é comigo, eu não estou nem aí pra você, sua gorda!! Quem mandou ter filho? Agora aguenta (ou fique em casa!)"

O mais impressionante é que os homens, que nunca vão ficar grávidos, não agem da mesma forma. Geralmente são educados, compreensivos e estão sempre dispostos a ajudar.

Agora as mulheres.... Nunca me deram preferência em fila de banheiro (na verdade, por mais de uma vez algumas passaram a minha frente sem a menor piedade...), nem em fila de mercado, loja ou qualquer outro estabelecimento comercial, não me dão preferência nem na hora de subir no ônibus! (todas passam correndo a minha frente - acho que para pegar logo um lugar para sentar antes da grávida querer roubar o lugar de todo mundo!). Uma vez, inclusive, uma garota pediu que eu me levantasse para ela sentar, pois ela estava passando mal (isso porque do meu lado tinha uma não-grávida, do outro dois homens e atrás de mim um outro homem e uma adolescente). Não é preciso ser nenhum Einstein para imaginar que não podemos espremer nossa "pequena" barriga no ônibus lotado, nem podemos ficar fazendo toda a força necessára para se segurar e se manter em pé enquanto os motoristas brincam de Ayrton Senna! Mas é só a grávida subir no ônibus que as mulheres já emburram a cara para afastar de vez qualquer possibilidade de gentileza (eu, por exemplo, nem entro em ônibus sem lugares vagos... não quero a raiva ou o mal olhado de ninguém em cima do meu filho!)


Graças a Deus, essa loucura só ocorre entre desconhecidos! - pelo menos no ambiente familiar acontece exatamente o oposto (um maravilhoso excesso de carinho, boa vontade, caridade e amor) e aí o universo alcança o seu equilíbrio...

Nenhum comentário: