(Por Mariana Nascimento)
No dia 17 de março de 2010, descobrimos que estamos grávidos!!
Realmente não há como expressar o que é a sensação da descoberta da primeira gravidez.
Para terem uma idéia, quando chamei o Thiago para contar a novidade, achei que ia FALAR alguma coisa, balbuciar qualquer coisa! - nem que fossem apenas as três palavras mais simples juntas: v-o-c-ê s-e-r-á p-a-p-a-i... ou qualquer coisa do gênero... Mas eu (logo eu, que não costumo ter problemas com palavras) pensava ser capaz de dizer uma coisa bonita, num momento tão especial...
Enfim, só consegui ficar olhando para ele, com o sorriso mais escancarado que já tive, os olhos absolutamente arregalados, a respiração rareando e ao som de um riso meio nervoso e meio alegre (pensem na imagem de uma pessoa com a maior cara de bobona mesmo).
É claro que, ao me ver assim, ele ficou foi preocupado. Devia ter pensado que eu estava afônica por causa de mais uma barata invadindo a casa, ou que tinha me machucado sério por alguma coisa estúpida... sei lá! O fato é que ele foi ficando nervoso, com uma expressão de preocupação, me perguntando o que havia acontecido e eu ... NADA! O máximo que consegui, por um bom tempo (aqueles dois minutos que parecem uma eternidade) foi aquela cara de babaca...
Quando finalmente saí do meu estado de choque, disse: "Não consigo falar. Você vai ter que ver!" E ele (obviamente mais preocupado ainda:"Ver o quê!?" E, mais uma vez, tudo que fui capaz de fazer foi apontar para o resultado..
É claro que, quem não sabe o que procurar, não acha o que deve ser visto... E, até que ele descobrisse, em meio ao universo tão cotidiano, o que havia de diferente para "ver", passaram-se aí mais uns looooooooooooooooooongos 2 minutos intermináveis.
E aí foi a hora da revanche!
Também a fuga das palavras, a cara de bobo, a perda dos sentidos e da compreensão...
E depois de algumas vãs tentativas de entender com as palavras, naquele breve momento, TUDO que estava acontecendo...
O abraço...
as lágrimas que querem sair...
os beijos que não cabem em si...
e...
"Eu te amo muito, meu amor."
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